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Nacionalização de itens importados
Os aumentos expressivos do dólar desde janeiro de 2020 trouxeram reflexos diretos na produção da indústria brasileira, a qual, em grande parte é dependente de peças e componentes importados.
Como a pandemia de COVID-19 evidenciou, essa dependência não impacta apenas no custo, mas na própria fabricação de produtos no País: quando a China adotou o lockdown e interrompeu a produção de vários itens, várias fábricas em todo o mundo, de produtos químicos-farmacêuticos a automóveis, passando pelos eletrônicos, tiveram de paralisar suas linhas por falta de componentes, de insumos. Este novo cenário tem levado muitas indústrias a avaliar a nacionalização de peças e componentes.
Segundo o anuário dos parafusos 2020, somente a produção da indústria automotiva totalizou 4.052.720 veículos no ano de 2019. Nesta quantidade de veículos, o consumo aparente de fixadores representa 111 mil toneladas. É claro que todos estes parafusos não foram produzidos na indústria local, no período de JAN-NOV 2019, a importação de fixadores para atender todos os segmentos da indústria nacional passou de 106 mil toneladas.
Como pode-se evidenciar nos dados apresentados acima, a indústria automotiva brasileira importa seguramente mais de 50% de seus fixadores. Historicamente o câmbio sempre favoreceu os produtos estrangeiros, fazendo com que os preços mais baixos no exterior fossem o fator decisivo para este elevado número de fixadores importados. Contudo, a desvalorização do real perante ao dólar e ao euro fez a realidade mudar e, atualmente, hoje além de preços domésticos mais competitivos, as empresas possuem diversas vantagens e motivos para iniciar imediatamente a nacionalização dos fixadores.
Pontuamos as 10 principais oportunidades da nacionalização:
⦁ Aumentar a demanda devido a lotes mais econômicos; possibilita a produção em larga escala, logo reduz os custos produtivos locais.
⦁ Diminuir o inventário no cliente; a importação requer um estoque de segurança devido a logística de entrega, logo obtém-se uma redução do custo de armazenagem e melhora o fluxo de caixa da empresa.
⦁ Diminuir o espaço físico necessário; os estoques de segurança podem ser armazenados no fornecedor (centro logístico da Hassmann por exemplo), logo reduz drasticamente o custo do cliente.
⦁ Flexibilizar a adequação do estoque à demanda; a nível local as empresas (cliente e fornecedor) tem a possibilidade de trabalhar com programações de entregas semanais via sistema de EDI e KANBAN.
⦁ Eliminar a necessidade de reembalar; a importação acarreta outros custos que muitas vezes não são contabilizados por quem adquire um fixador como limpeza de container, transbordo das peças para outras embalagens etc. A nacionalização irá reduzir estes custos.
⦁ Pagar em R$; comprador não estará mais sujeito à flutuação das moedas estrangeiras.
⦁ Manter os preços firmes durante o período de 1 ano; normalmente os fabricantes locais costumam ter um pleito de reajuste por ano que engloba todas as variações dos custos produtivos do período.
⦁ Gerar empregos e renda no País; movimenta a indústria local.
⦁ Velocidade de resposta e suporte técnico imediatos; a proximidade das empresas favorece o auxílio mútuo na resolução de problemas.
⦁ Possibilidade de implantar sistema MILK RUN; redução no custo de frete para o cliente.
Para que não se perca este momento único em que as plantas estão ociosas e para que o programa de nacionalização tenha êxito e ofereça savings ainda este ano, a Hassmann está disposta a ajudar com um programa de nacionalização inovador. Ficou interessado? Entre em contato conosco.